TCE reprova contas da Asamas e cobra devolução de R$ 2,2 milhões
- 30 de mai.
- 2 min de leitura

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) reprovou as contas de 2018 da Associação Santa Maria de Saúde (Asamas), responsável pela gestão de unidades de saúde em Jaguariúna entre 2014 e 2024.
A decisão, publicada recentemente, determinou a devolução de R$ 2,2 milhões aos cofres públicos.
Segundo o tribunal, a entidade usou recursos públicos para pagar dívidas judiciais anteriores ao contrato, multas, juros por atrasos e serviços jurídicos sem vínculo claro com o objeto do acordo. Outros R$ 161 mil também deverão ser devolvidos, por falta de comprovação da prestação de serviços.
O relator do caso, conselheiro Dimas Ramalho, afirmou que os gastos foram "incompatíveis com as finalidades do contrato" e criticou a ausência de um plano de trabalho detalhado, o que teria dificultado o controle da execução pela Prefeitura.
Entre os problemas apontados pelo TCE estão:
Glosas superiores a R$ 2 milhões;
Falta de fiscalização por parte do município;
Notas fiscais genéricas e sem descrição dos serviços;
Pagamentos a empresa localizada a 2 mil km de distância;
Passivo elevado, fluxo de caixa negativo e risco de colapso financeiro.
Funcionários seguem sem receber
Desde janeiro, ex-funcionários da Asamas cobram na Justiça cerca de R$ 33 milhões em direitos trabalhistas. Muitos foram dispensados após a troca emergencial de gestão, com a entrada da Associação Cisne, sem receber verbas rescisórias.
As ações judiciais continuam em andamento, e a Prefeitura de Jaguariúna pode acabar arcando com parte da dívida. A Justiça do Trabalho já determinou que a Asamas pague retroativamente o Plano de Cargos e Salários a profissionais contratados a partir de 2018.
Comments