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Júri desclassifica acusação de tentativa de homicídio para lesão corporal grave

Atualizado: 22 de mai. de 2023




Julgamento foi presidido pelo Juiz Dr. Marcelo Forli Fortuna e representando o Ministério Público, o Promotor Sérgio Luís Caldas Spina,


O Tribunal do Júri de Jaguariúna condenou a um ano de prisão Jessica Degan, acusada de esfaquear o pai Aparecido Degan, em 2020, na cidade de Santo Antônio de Posse, após uma discussão familiar.


O julgamento aconteceu na sexta-feira (19), no Fórum de Jaguariúna. O pai faleceu um ano depois do crime por complicações do covid-19.


Após quase 10 horas, o Júri Popular formado por oito pessoas decidiu que a acusada é culpada por lesão corporal grave (sem a intenção de matar) e não por tentativa de homicídio, como estava sendo acusada pelo Ministério Público (MP). O crime foi convertido de tentativa de homicídio para lesão corporal grave, já que o pai não faleceu devido o golpe de faca.


Durante o julgamento, o advogado de defesa alegou que a ré, não teve intenção de matar seu genitor e sim de se defender, já que o mesmo era violento.


Em seu depoimento, Jessica, o tempo todo chorando, falou como era conturbada a convivência com o pai. "Cresci no meio de brigas, vendo ele brigar, bater em minha mãe, em mim e nos meus irmãos. Muitas vezes ele pegava a faca e falava que iria matar a gente. Eu não queria matar ele, soube da morte dele por uma carta, eu tinha esperança de conversar com ele", disse.




O julgamento transcorreu tranquilo, um momento crítico foi quando o promotor representando o Ministério Público (MP) debateu sobre o testemunho de alguns familiares que mudaram suas versões durante o julgamento em defesa da ré.


"A vítima não está mais aqui para se defender e nem para falar se o que vocês estão dizendo aqui é verdade. Agora ele era um homem ruim, agressivo, mas no depoimento dos fatos a versão era outra", explanou o promotor.


Outro assunto questionado foi se a ré era usuária de entorpecentes. O que foi admitido por ela. "Sim eu era usuária de drogas, mas graças a Deus estou limpa hoje, não uso mais".


Com a decisão, a acusada recebeu uma pena mínima de um ano de detenção. No entanto, como já passou três anos em regime fechado na Penitenciária de Mogi Guaçu desde quando aconteceu o crime, deverá ser colocada em liberdade de forma imediata.


O caso


O crime aconteceu no ano de 2020, na cidade de Santo Antônio de Posse.

Jessica deu uma facada no peito do pai após uma briga familiar. Ele foi socorrido. Ela foi presa logo em seguida. O pai, Aparecido Degan, morreu um ano depois por outro motivo.


Reportagem: Susi Baião

Fotos: Susi Baião

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