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Empresa contratada pela prefeitura de Jaguariúna e investigada pelo Gaeco demitiu funcionários que alegam não ter recebido os direitos trabalhistas



Funcionários da Mova Empreendimentos, empresa terceirizada encarregada dos serviços de limpeza em escolas de Jaguariúna, estão enfrentando problemas relacionados a demissões sem o pagamento de rescisões, em meio a uma investigação em andamento.


A empresa está sendo alvo de uma investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Ministério Público.

Segundo relatos dos funcionários, cerca de 10 foram demitidos, já cumpriram o aviso prévio, porém não receberam os valores devidos.


Ao questionarem a empresa sobre a situação, foram informados que o pagamento está pendente, dependendo da Prefeitura.


Em contato com o Jornal Bastidores da Notícia, os funcionários expressaram preocupação com a situação. Segundo eles, durante o tempo que trabalharam na empresa, os atrasos nos pagamentos eram recorrentes e se intensificaram desde dezembro.


Uma ex-funcionária, que trabalhou por um ano e meio, afirmou não ter recebido sua rescisão; enquanto outra, com dois anos e dois meses de serviço, também está na mesma situação. "Fomos demitidos, já cumprimos o aviso prévio e até agora nada.


Estamos sem emprego, sem receber nosso dinheiro e ninguém resolve nada. O supervisor só fala que temos que aguardar a prefeitura, não entendemos isso, porque quem nos contratou foi a empresa e não a prefeitura.


Não podemos ficar nessa situação, temos famílias, temos responsabilidades", ressaltou a ex-funcionária que preferiu não se identificar.


O outro lado


Nossa equipe entrou em contato via telefone com o supervisor da empresa, Alexandre, para saber quando os funcionários receberão o pagamento das rescisões. O mesmo afirmou ao Bastidores que é necessário aguardar a prefeitura. Perguntamos por que a responsabilidade pelo pagamento é da prefeitura se a contratação foi realizada pela empresa, mas novamente ele disse que é preciso aguardar a prefeitura.


Contudo, a Prefeitura de Jaguariúna esclareceu para nossa reportagem que se trata de uma questão exclusivamente trabalhista, afirmando não possuir instrumentos legais para intervir diretamente no pagamento das rescisões contratuais.


Questionados sobre o contrato com a empresa investigada, a Prefeitura informou que os fiscais estão acompanhando de perto a execução dos serviços e que qualquer descumprimento das cláusulas contratuais pode resultar na rescisão do contrato.



No ano de 2019, nossa equipe também foi procurada por outro ex-funcionário que passou pela mesma situação. Na época, ele prestava serviço para a Vagner Borges Dias ME, nome fantasia Safe, que fazia o serviço terceirizado nas escolas.


Segundo as investigações do Ministério Público, é do mesmo grupo da Mova. O empregado ficou dois anos na empresa, foi demitido e ficou sem receber.


Na época, nossa equipe conversou pessoalmente com o mesmo supervisor Alexandre, que disse que a empresa iria pagar o funcionário, mas o mesmo só conseguiu receber na justiça.



A situação coloca em evidência não apenas a vulnerabilidade dos funcionários demitidos, mas também a importância da fiscalização rigorosa por parte dos órgãos competentes para garantir o cumprimento das obrigações trabalhistas por parte das empresas contratadas pela administração pública.

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